terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Deus e a Caneta

Esse mês eu fiz a prova da segunda fase da Fuvest. Vamos a história =P

Antes de sair de casa pra prova do primeiro dia eu peguei meu estojo e deixei o seguinte dentro dele: Duas canetas, uma preta e uma azul, uma lapiseira, grafite extra e uma borracha.

Chegando lá, o portão ainda tava fechado. Dei uma olhada em qual era minha sala, 06, me entregaram uma caneta de um cursinho, comprei uma garrafa de suco ao preço absurdo de algumvalorquenãolembro, abriu o porta, procurei minha sala mas ainda tava cedo então decidi ir usar o banheiro.

Ta aí a primeira coisa do dia. No andar da minha sala, que era o andar com mais salas, tinha fila pro banheiro masculino! A do banheiro feminino então, tinha mais de metro! Eu, como bom nerd que sou, pensei em uma solução alternativa, baseada num fato, praticamente, científico de que: Se o lugar não for um monte de tendas montadas no meio do nada, quando tem um banheiro com fila enorme, sempre tem um outro aonde tem quase ninguém. Sai procurando e lógico que achei. Tá. E daí? Nada, só curiosidade. xD

Certo, voltei, cheguei na sala, sentei e a prova começou.Comecei a fazer a prova com minha caneta preta... e então, ela começou a falhar! Então pensei: “Ufa, é pra isso que trouxe a segunda caneta!” Apesar da primeira resposta da caneta ser preta, a segunda meia preta e azul, fiquei mais tranqüilo, até que... A caneta azul começou a falhar também! “MAS ESSAS CANETAS TAVAM FUNCIONANDO ONTEM” pensei, e naquele dia, simplesmente estavam falhando.

Foi ai que lembrei da caneta que tinha recebido na entrada da prova! “Estou salvo! Estou salvo! *--*”. Procurei pela meus bolsos, nada, procurei no estojo, nada, procurei pelos bolsos de novo, todos eles, várias vezes e simplesmente NADA. Foi ai que lembrei de outra coisa: Na entrada ouvi um barulho de algo caindo no chão, olhei pra traz e vi uma caneta no chão. “Aaa, outra caneta dessa, não vou precisar dela.”. Na hora dei um facepalm e fiquei desolado.

Procurei de novo nos bolsos, e nada. Peguei a lapiseira e comecei a fazer o rascunho da redação. Fiquei um tempo fazendo a redação, e fui ver se a caneta tava funcionando. Nada. Foi então que aconteceu.

Olhei pra cima, soltei a caneta, e disse: “Seja o que Deus quiser.” Então peguei a caneta pra continuar o rascunho e então fui tirar a carteira do bolso de traz já que estava incomodando e, atrás da carteira, tava lá, a caneta.

Sério, desacreditei! Já tinha certeza de que a minha caneta tinha caída no chão e tava seriamente pensando em levantar e pedir a caneta da fiscal ou pra alguém e daí acho uma caneta no meu bolso! Que espécie de idiota guarda uma caneta no bolso de traz, junto da carteira?

Olha, pense o que quiser, mas eu tenho certeza de que foi Deus que queria me ensinar alguma coisa: Me ensinar que eu preciso depender dele, que eu preciso d’Ele. Se não fosse por ele, não teria nem conseguido fazer a prova. E claro, não passar pra segunda fase da Fuvest. Ano passado, a nota de corte pro meu curso foi 49 pontos. Na prova da primeira fase, fiz exatamente, nada mais, nada menos, de 49 pontos. =D